Sábado, 3 de Dezembro de 2011
Esta semana foi a última utilizada com vista à aplicação das atividades dos Projetos de Seminário. Assim, iniciamos a semana com a história Palavras pequeninas da autora Maria Antonieta Nabais e da ilustradora Sofia Lucas. Através desta história queríamos apresentar às crianças palavras que embora muito “pequeninas” representam muito na nossa vida (e.g.: ar, água, sol, mãe). No livro, cada palavra faz-se acompanhar por uma ilustração e foi a partir disto que desenvolvemos a segunda atividade do dia e que consistiu em, de entre as letras do alfabeto fornecidas, construir e escrever estas palavras pequeninas e representá-las com recurso à técnica de giz mergulhado no leite. Pela reação das crianças, esta técnica ainda não tinha deveria ter sido experienciada por elas, mas os resultados foram esplendidos. Certamente ficaram curiosas… (ver imagem 1) Isto só demonstra que independentemente da classe social, as crianças, se estimuladas, também poderão evoluir, e muito.
Na 3.ª feira realizamos uma atividade conjunta em que as crianças, de entre várias palavras dadas, tinham de selecionar as que fossem constituídas pelos bocadinhos –ar, -er, -ir, -or e –ur. Algumas eram palavras que estavam presentes na história do dia anterior (e.g.: brincar, mar). As crianças mais pequenas, embora não tivéssem percebido o objetivo da tarefa, também quiseram participar e isso deu-nos uma grande alegria pois, agora, já se voluntariam. Da parte da tarde, continuámos a atividade, mas apenas com as crianças mais velhas, e aliámo-la a um percurso (arcos – lançar a bola ao ar e recebê-la – salto de rã – salto ao pé coxinho), embora pequeno, divertido e que envolvia habilidades como o equilíbrio e que é tão difícil nestas idades, mas que por isso mesmo necessita ser estimulado. Assim, cada criança só ou em par tinha de efetuar a segmentação silábica das palavras. Foi engraçado, contudo dificultoso para as crianças, ver a tendência e a necessidade que ainda têm em terminar as palavras com “e” (e.g.: co-lhe-re em vez de co-lher). Esta capacidade irá evoluindo progressivamente com o contínuo trabalho em volta da literacia e da consciência fonológica.
Na 4.ª feira, em ligação com as atividades já realizadas, propusémos às crianças mais velhas que preenchessem os “bocadinhos” de sílaba (- ar, - er, - ir, - or, - ur) com papel de seda, com o intuito de desenvolver a motricidade fina. E, recorrendo ao rasgo de papel e não ao seu corte, como é costume efetuarem. Assim, démos vida e cor ao quadro efetuado na atividade da manhã do dia anterior. (ver imagem 3) Mais uma vez, as crianças mais pequenas quiseram ajudar. Isto fez-nos pensar e refletir que algumas atividades que dirigimos apenas ao grupo restrito podiam ter sido realizadas com o auxílio das crianças mais pequenas, valorizando o trabalho conjunto e colaborativo. Talvez as tenhamos substimado em detrimento de um maior controlo do pequeno em relação a um grande grupo.
Desejamo-vos um bom fim de semana.
Andreia Alcobia e Sónia Correia
Imagem 1 e 2


Imagem 3

Olá Andreia e Soninha =)
Muitos parabéns pela excelente semana que prepararam! A nós essa também foi a última semana onde implementamos o nosso projeto, e é realmente uma grande alegria quando chegamos ao fim e dizemos: "Valeu a pena".
Já agora, temos uma dúvida e ficámos muito curiosas... Em que consiste essa técnica que vocês aplicarem de giz em leite?
Beijinhos e parabéns pelo trabalho!
Joana Tavares e Rita Gonçalves
Olá Joana e Rita. :)
Respondendo à vossa questão relativamente à técnica do giz, esta é muito simples de se aplicar. Apenas é necessário giz colorido, cartolina preta (o efeito é mais interessante, pois o contraste das cores é bem mais visível) e um pouco de leite. Num recepiente pequeno coloca-se o leite, molha-se o giz e desenha-se livremente sobre a cartolina ou papel. O leite faz com que o giz se agarre ao papel, servindo de fixador. É realmente um trabalho muito simples e bonito de se realizar. As crianças adoram. ;)
Qualquer coisa digam. Beijinhos
Andreia e Sónia
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