Na 3.ª feira realizamos uma atividade conjunta em que as crianças, de entre várias palavras dadas, tinham de selecionar as que fossem constituídas pelos bocadinhos –ar, -er, -ir, -or e –ur. Algumas eram palavras que estavam presentes na história do dia anterior (e.g.: brincar, mar). As crianças mais pequenas, embora não tivéssem percebido o objetivo da tarefa, também quiseram participar e isso deu-nos uma grande alegria pois, agora, já se voluntariam. Da parte da tarde, continuámos a atividade, mas apenas com as crianças mais velhas, e aliámo-la a um percurso (arcos – lançar a bola ao ar e recebê-la – salto de rã – salto ao pé coxinho), embora pequeno, divertido e que envolvia habilidades como o equilíbrio e que é tão difícil nestas idades, mas que por isso mesmo necessita ser estimulado. Assim, cada criança só ou em par tinha de efetuar a segmentação silábica das palavras. Foi engraçado, contudo dificultoso para as crianças, ver a tendência e a necessidade que ainda têm em terminar as palavras com “e” (e.g.: co-lhe-re em vez de co-lher). Esta capacidade irá evoluindo progressivamente com o contínuo trabalho em volta da literacia e da consciência fonológica.
Na 4.ª feira, em ligação com as atividades já realizadas, propusémos às crianças mais velhas que preenchessem os “bocadinhos” de sílaba (- ar, - er, - ir, - or, - ur) com papel de seda, com o intuito de desenvolver a motricidade fina. E, recorrendo ao rasgo de papel e não ao seu corte, como é costume efetuarem. Assim, démos vida e cor ao quadro efetuado na atividade da manhã do dia anterior. (ver imagem 3) Mais uma vez, as crianças mais pequenas quiseram ajudar. Isto fez-nos pensar e refletir que algumas atividades que dirigimos apenas ao grupo restrito podiam ter sido realizadas com o auxílio das crianças mais pequenas, valorizando o trabalho conjunto e colaborativo. Talvez as tenhamos substimado em detrimento de um maior controlo do pequeno em relação a um grande grupo.
Desejamo-vos um bom fim de semana.
Andreia Alcobia e Sónia Correia