Quarta-feira, 27 de Novembro de 2013
Olá meninas!
Venho aqui partilhar convosco alguns aspetos que penso que são importantes e que fazem parte da minha reflexão intermédia.
Assim sendo, no início senti-me um pouco receosa, pois tive medo de não conseguir transmitir corretamente aos alunos os conteúdos e assim estes não conseguissem adquirir novos conhecimentos e aprender aquilo que eu lhes estava a lecionar. Por outro lado, também tive medo de não conseguir realizar o que tinha planificado e que os alunos saíssem prejudicados. Ao longo da minha intervenção senti que este receio ia diminuindo e assim foi possível que eu ficasse mais segura e confiante durante as aulas. Na minha opinião, um fator que contribuiu bastante para que eu conseguisse melhorar este aspeto foi o facto de eu preparar cada vez mais as minhas intervenções e estudar bem os descritores a lecionar, o que permitiu que eu fosse segura para as aulas e adotasse uma boa postura perante os alunos.
No que diz respeito à postura, penso que é boa, uma vez que falo num tom de voz adequado para que os alunos percebam bem o que estou a transmitir, demonstro alguma segurança e confiança, o que permite que os alunos respeitem o que digo e que eles próprios se sintam seguros e confiantes para participarem ativamente nas aulas e para que não tenham medo de errar. É ainda importante referir que penso ter conseguido criar uma boa relação com estes, onde existe respeito mútuo e que penso ter transmitido confiança e segurança para que as crianças pudessem falar comigo quando necessitassem e que percebessem que os ajudarei quando for preciso.
Em relação às estratégias adotadas, tento sempre com que os alunos estejam atentos ao que eu digo e por isso tento mostrar um tom de voz que lhes dê segurança, mas ao mesmo tempo que demonstre uma presença adulta e de respeito para que estes não aumentem o tom de voz e para que façam aquilo que eu digo, de forma a não existir desorganização e muito barulho na sala. Também tento sempre realizar atividades dinâmicas e interessantes com os alunos para que estes se sintam motivados, implicados e concentrados nas tarefas que estão a realizar (por exemplo, jogos interativos através da utilização do quadro interativo, realização de trabalhos de grupo, de trabalhos práticos - biografia linguística em forma de flor, visualização de vídeos, atividades que envolvam a expressão dramática, musical, plástica e motora).
Outra das metodologias utilizadas e que também foi possível visualizar ao longo da fase de observação foi o facto de termos visto que é importante ter-se sempre em consideração os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema a trabalhar e, por isso, tentei que antes de cada aula os alunos referissem o que conheciam acerca dos conteúdos, sendo possível assim relacioná-los com exemplos do dia-a-dia (por exemplo, de que forma posso distribuir oito livros que recebi no meu aniversário numa estante com oito prateleiras), de forma a que as crianças percebessem melhor o que eu queria que aprendessem. Também é essencial utilizar esta metodologia para que os alunos se sentissem implicados e interessados durante as aulas, participando ativamente nestas.
Em suma, ao longo das minhas intervenções, a minha maior preocupação foi relativa às aprendizagens dos alunos.
Beijinhos e continuação de bom trabalho!
Carla Ribas Oliveira
Bom dia Carla :)
É bom quando nos sentimos seguras do que estamos a fazer não achas? :) e o método que adotaste é o melhor para te ajudar nas tuas inseguranças.
Ainda bem que falaste na criação de laços com as crianças, pois assim partilho contigo o que passei no semestre passado. Estive a estagiar numa turma do 3.º ano, no colégio D. José I e, ao início, tive algumas dificuldades na criação de laços com a turma. A mesma tinha estado, no 1.º período, com outra díade da qual gostaram muito de trabalhar. Resultado? As crianças lembravam-se delas e ficaram reticentes com a nossa presença. Demorou algum tempo até as crianças sentirem que estávamos ali para as ajudar, para terem alguém em quem podiam confiar, e para além das crianças nos colocarem à parte, a professora fazia questão de passar-nos a mensagem de que não estávamos a agarrar a turma, quando nos esforçávamos todos os dias para criar boas relações com eles. Após este momento difícil que passámos, conseguimos ficar amigas das crianças e transmitir-lhes segurança.
Um método que adotei na sala quando as crianças estavam mais agitadas era calar-me e cruzar os braços. Ao olharem para mim as crianças calavam-se ou mandavam calar os colegas e o silêncio voltava a reinar. Desta forma, eu não entrava no barulho deles nem gritava com eles e sozinhos conseguiam entender que eram os próprios que criavam o barulho.
Com a tua última frase percebi que relevas as aprendizagens das crianças. Entendo que o faças por ser uma turma de 4.º ano que vai realizar exames. Mas não descures o que a criança gosta, lhe interessa, se está predisposta ou não em determinado dia para aprender, porque mais que a aprendizagem é a criança se sentir bem e, a seguir, aprender.
Desejo-te a continuação do bom trabalho que estás a realizar :)
Beijinho, Carolina.
Olá Carolina :)
Sim, é bom quando nos sentimos bem e seguras do que estamos a fazer.
Relativamente à estratégia que adotaste na sala quando as crianças estão mais agitadas penso ser adequada, até porque também já utilizei essa estratégia ao longo das minhas intervenções e o resultado foi o mesmo, ou seja, ou as crianças se calavam quando olhavam para mim ou mandavam calar os colegas e a organização voltava à sala de aula. Outro método que utilizo quando os alunos estão mais agitados é falar com estes para que percebam que existem atitudes e comportamentos que não podem ter na sala de aula.
No que diz respeito ao facto de relevar as aprendizagens das crianças, concordo com o que afirmaste posteriormente, pois penso que é essencial que os alunos se sintam motivados e interessados para a realização das atividades propostas, sendo importante que estas sejam pensadas de acordo com o que os gostos dos alunos, para lhes proporcionar um maior nível de bem-estar e implicação.
Beijinhos e continuação de um bom trabalho!!
Carla
Bom dia Carla :)
Vejo que adotamos os mesmos métodos :) o de falar com a criança também resulta, mas penso que a curto prazo comparativamente ao método de cruzarmos os braços e calarmo-nos, não concordas? Porque quando falamos com as crianças elas acatam o que dizemos por alguns momentos mas depois esquecem-se do que lhes dissemos. Outro método, e que aprendemos nas aulas, é de nos dirigirmos às crianças e colocarmos as mãos na cabeça da crianças. Todos estes métodos penso que são bons, contrariamente aos métodos de gritar, estar sempre a mandar cala, etc, não achas? Saímos ao fim do dia muito mais cansadas.
Beijinho, Carolina.
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