Boa tarde!
Partilhamos com vocês mais uma das nossas reflexões…
Segundo Pimente (2002: 9), os professores, depois de passarem pelo curso de formação, vão para as escolas e lá se defrontam com a realidade na qual eles têm de mobilizar, além dos conhecimentos adquiridos no curso (que, aliás, são os menos mobilizados), uma experiência para dar conta de construir seu saber docente.
Neste sentido e após a nossa experiência nesta prática pedagógica (A1 e A2), concluímos que outro aspeto importante de reflexão foram certamente a elaboração das planificações que fomos realizando ao longo da mesma. Nas palavras de Leite (2010: 7), para planear o professor mobiliza um conjunto de conhecimentos, experiências e procedimentos (…) que justificam e apoiam as decisões a tomar, orientando e organizando a nossa ação. De facto, é de se notar uma grande evolução nas planificações realizadas por nós ao longo dos semestres. No início, este documento foi um dos nossos grandes desafios, onde pouco a pouco, foi sendo ultrapassado, percebendo realmente a sua utilidade e importância. Ainda mais neste semestre, percebemos que o profissional de educação deve apoiar-se nos documentos já existentes que suportam e guiam a sua prática, como as orientações curriculares, no caso da educação pré-escolar, tomando também atenção aos interesses e motivações das crianças, aproveitando e rentabilizando os mesmos em ações futuras. Além disso, na realização das mesmas, foi-se evidenciando a necessidade de fazer uma contextualização das atividades propostas, tentando fundamentá-las e enquadrá-las no dia-a-dia das crianças, nunca esquecendo quais as verdadeiras aprendizagens a alcançar pelas mesmas numa determinada atividade, quer a nível dos conhecimentos, capacidades, atitudes e valores. Ao planificar estas situações de aprendizagem, importa que estas sejam também desafiadoras, de modo a interessar e a estimular cada criança, apoiando-a para que chegue a níveis de realização a que não chegaria por si só (Ministério da Educação, 1997: 26).
Contudo, não nos podemos esquecer que a planificação deve ser flexível e aberta (Leite, 2010), tendo também consciência que, tal como escreveu Leite (2010: 8), planear é também correr riscos, ousar experimentar, delinear cenários de intervenção. Por isso mesmo, e como já referimos anteriormente, as estratégias que não resultaram, deverão ser aceites e encaradas como momentos de aprendizagem, sendo repensadas, (re)refletidas e (re)experienciadas, quando possível.
Bibliografia:
· Leite, Teresa. (2010). Planeamento e concepção da acção de ensinar. Aveiro: Universidade de Aveiro;
· Ministério da Educação. (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa;
· Pimente, Selma. (2002). De professores, pesquisa e didática. Campinas S.P: Papirus.
Cláudia e Sara