A Eb1 da Chave está integrada no agrupamento de escolas da Gafanha da Nazaré, formado no ano letivo de 2002/2003. Este agrupamento localiza-se na cidade e sede de freguesia homónima e pertence ao concelho de Ílhavo, distrito de Aveiro. Esta escola encontra-se numa zona central da cidade da Gafanha da Nazaré, tendo por isso o benefício da sua proximidade física a diversos serviços e recursos educativos.
Em termos de recursos humanos constitui-se por uma coordenadora do estabelecimento, sete titulares de turma e dois professores de educação especial. No que se refere ao pessoal não docente, o estabelecimento conta com três assistentes operacionais.
Quanto aos alunos, encontram-se inscritos na escola cento e dezanove alunos, distribuídos por seis turmas. É de salientar, que se deslocam até à escola a pé, de bicicleta, mota ou carro, sempre acompanhados por um adulto.
As atividades da nossa Prática Pedagógica foram desenvolvidas na turma 6Ch, ao encargo da docente Maria de Lurdes Morais Duarte Pereira.
Relativamente à sala de aulas, a sua disposição era algo diferente do convencional. A sua organização foi concretizada pela docente, tornando-a mais apelativa e motivante permitindo, ao mesmo tempo uma melhor interação entre todos os intervenientes.
Metaforicamente, a sala parecia falar-nos, dado que as suas paredes estavam permanentemente decoradas com materiais que os alunos iam realizando, conseguindo mostrar as suas habilidades e capacidades, constituindo também uma forma de consolidação de conhecimentos.
Trabalhámos com uma turma composta por dezassete alunos, com idades compreendidas entre os oito e os dez anos, sendo oito alunos do sexo masculino e nove do sexo feminino. Um dos alunos da turma foi diagnosticado, por um psicólogo, com hiperatividade e outro aluno com necessidades educativas especiais (NEE).
No que concerne ao desenvolvimento cognitivo do grupo em geral verificou-se um certo desfasamento de alguns elementos relativamente ao ano escolar em que se encontravam, sendo necessário um apoio individualizado em alguns casos. Deste modo, é de salientar que dois alunos beneficiavam de um plano de acompanhamento individual, podendo usufruir de uma consolidação de conhecimentos, de acordo com o seu ritmo de desenvolvimento.
De um modo geral, na turma experienciava-se um clima de bem-estar, segurança e um envolvimento ativo em ações conjuntas que possam surgir sem o olhar atento de um adulto, como é o caso do recreio onde, se algum problema surgir, a entreajuda verifica-se entre os colegas de turma, bem como, colegas da escola. Na relação com a docente, os alunos transmitiam um sentimento de segurança, confiança, respeito e companheirismo, sendo que recorriam a esta entidade sempre que necessitavam.
Relativamente às características das famílias verificamos que muitas das crianças provinham de famílias nucleares pequenas, em que não existia uma estrutura sólida. Existiam também situações de ausência de alguns pais que eram colmatadas pela presença assídua dos avós nas suas vidas.
Constatamos ainda que, todas as crianças provinham de famílias de classe média/baixa o que, na nossa opinião, constituía um maior obstáculo no desenvolvimento de competências das crianças, no sentido em que não eram estimuladas e não experienciavam um ambiente rico em incentivos de aprendizagem.
Beijinhos, Cátia e Fátima*