Olá!
Neste post pretendo, num primeiro ponto, clarificar qual o eixo estruturador do meu projeto de investigação-ação, explicitando, posteriormente como surgiu a temática específica. Num segundo ponto, esclarecerei que atividades já foram desenvolvidas aquando da implementação do referido projeto, bem como em que fase do mesmo me encontro.
O eixo estruturador do meu projeto de investigação-ação prende-se com a Organização do Processo de Ensino e de Aprendizagem e a Educação em Ciências nos primeiros anos. É de salientar que o foco do meu projeto diz respeito a questões ambientais pelo facto de a turma estar inserida num projeto denominado de eco-escolas. Assim, como temática mais específica, apesar de esta já ter sofrido tremendas alterações atendendo ao facto de a minha colega de díade ter desistido, encontro-me debruçada sobre as temáticas Camada de Ozono e Efeito de Estufa. Um dos objetivos é alertar as crianças para a situação atual em que vivemos, considerando que a Humanidade se encontra a explorar excessivamente os recursos do planeta, e mais rapidamente do que a capacidade que este tem para os regenerar. Desta forma, é esperado que os alunos reconheçam que as nossas ações diárias têm consequências, principalmente, ao nível da intensificação do fenómeno do efeito de estufa e que cada um pode decidir conscientemente o que fazer e que marca deixar no planeta.
Para um melhor entenderem as estratégias que referirei mais à frente, importa clarificar que o meu projeto se orienta segundo linhas socio-construtivistas do ensino das ciências. Segundo Martins e outros (2007), a teoria do construtivismo “releva a importância da implicação mental do indivíduo como agente da suas aprendizagens, pelo que a aprendizagem escolar será vista como um processo de (re)construção desse conhecimento e o ensino como a acção facilitadora desse processo” (p. 24). Sendo que aquilo que os alunos já sabem constitui um fator contraproducente que afeta a sua aprendizagem futura, pois os conhecimentos que estes trazem consigo para a aprendizagem escolar interagem com os conhecimentos científicos que são ensinados na escola.
O trabalho de projeto foi a estratégia que selecionei para a implementação do projeto. Inicialmente, no dia 7 de novembro, realizei uma sessão com vista a recolher as ideias prévias dos alunos no que concerne às temáticas supramencionadas. Considerando que os alunos não detinham quaisquer conceções alternativas face às temáticas, levei a cabo uma sessão posterior, com o objetivo de introduzir os temas de uma forma mais geral. Explicitando a ideia, “apresentei” a atmosfera terrestre aos alunos, clarificando o que é e qual a sua função.
Noutra sessão, distribuí os guiões de pesquisa, previamente elaborados por mim, pelos pares de alunos e, em grande grupo, estivemos a analisá-los, bem como às grelhas de auto e heteroavaliação. Em cada um dos guiões encontravam-se questões orientadoras da pesquisa, de acordo com um dos temas, e alguns sites, previamente selecionados por mim, para a recolha da informação. Nesta sessão ainda foi acordado com os alunos o modo e a data de apresentação dos trabalhos. Nas sessões posteriores, os alunos trabalharam em grupo, de acordo com as orientações que tinham. O meu papel nestas sessões revelou-se, essencialmente, apoiar os alunos no seu processo de recolha e análise da informação.
Na passada terça-feira, dia 27, a realizei uma sessão destinada à organização das apresentações dos trabalhos, uma vez que os pares que trabalharam acerca do efeito de estufa e os pares que trabalharam acerca da camada de ozono tiveram de se coordenar entre si, formando dois grandes grupos, para apresentar o trabalho. Dentro desses dois grandes grupos os objetivos eram distintos e tinham uma ordem lógica, pelo que se revelou mais coerente proceder à apresentação desta forma. Na quarta-feira, os alunos apresentaram os seus trabalhos e na próxima semana procederei à sistematização dos conteúdos e à avaliação das aprendizagens dos alunos. A sistematização assentará, sobretudo, no que diz respeito à Pegada Ecológica e nas medidas e comportamentos que podemos adotar no nosso quotidiano para habitarmos o planeta de forma mais sustentável.
Bom trabalho para todas!
Tânia
Referências
Martins, I.; Veiga, M. L.; Teixeira, F.; Tenreiro-Veira, C.; Vieira R. M., Rodrigues, A. V.; Couceiro, F. (2007). Quadros de Referência e Metodologias a privilegiar em Ciências no 1º Ciclo do Ensino Básico. In Educação em Ciências e Ensino Experimental. Formação de Professores. Martins et al. (2ª edição). Cap. 3, pp. 23-53. Ministério da Educação. Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.