Olá meninas :)
Esperamos que o vosso estágio esteja a correr bem.
Hoje, ao contrário do post anterior, vimos falar-vos de uma criança que não altera os seus comportamentos embora o devesse fazer.
Esta criança tem 5 anos (faz 6 este mês) indo ainda este ano para o 1º ciclo do Ensino Básico.
É uma criança mimada, que não mostra quase nenhuma autonomia. Pensamos que isto se deve ao facto de não ter irmãos e os pais o tratarem como um autêntico bebé.
Esta criança não é capaz de, por exemplo, se calçar sozinha, vestir o bibe entre outras coisas. A educadora chegou mesmo a comentar connosco que esta criança quando chegou à sua sala não era capaz de ir sozinha à casa de banho pois dizia não saber baixar as calças e as cuequinhas.
Pela manhã, quando os pais a deixam no JI são eles que lhe tiram o casaco, colocam a sua mochila no cabide, entre outras coisas não dando assim oportunidade de ser a criança a fazê-lo.
Esta criança tem níveis de implicação muito baixos exceto quando são realizadas atividades que são do seu interesse. Como todas sabemos, torna-se impossível planificar atividades que são sempre do interesse desta criança pois estamos a trabalhar com um grande grupo e heterógeneo.
É uma criança que até a falar é "perguiçosa" e inclusíve anda na terapia da fala.
Notamos que é uma criança que aos pouquinho se vai tornando mais autónoma na sala, graças ao trabalho desenvolvido pela educadora. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Temos um pouco de receio quanto à sua adaptação ao 1º ciclo, pois esta criança também quer passar a maioria do seu tempo a brincar.
Sabemos que o brincar é muito importante quer no JI, quer na vida das crianças pois brincar além de desenvolver as crianças a nível motor promove a socialização e a descoberta do mundo.
Mas será que apenas brincar chega? Será que não devemos também fazer algumas atividades específicas de forma a prepará-las para a mudança drástica que é a transição do pré-escolar para o 1º ciclo?
Continuação de um bom trabalho.
Beijinho,
Ivete Teixeira e Vânia Castro
Boa tarde meninas,
hoje vimos partilhar convosco o caso especial de uma aluna, com quem estamos a estagiar. Relembramos que nos encontramos a realizar a nossa prática pedagógica supervisionada A2 numa turma do 2.º ano.
Inicialmente, na nossa fase de observação, esta menina despertou a nossa atenção pelo seu comportamento na sala de aula. Esta criança está constantemente desatenta, virada para trás, chegando ao ponto de "gozar" com os seus colegas quando estes erram uma resposta, quando ela mesma não é capaz de responder corretamente. Para além disto, é uma aluna com muitas dificuldades em todas as áreas, que requer muito apoio individualizado na realização das tarefas. Por todos estes motivos, na nossa primeira fase da prática pedagógica, sinalizamo-la através das fichas do Sistema de Acompanhemento das Crianças (SAC), adaptadas para o 1.º ciclo.
Ao longo da nossa prática temos vindo a observar comportamentos agressivos desta aluna, para com os colegas. Diariamente os alunos apresentam queixas desta menina, referindo que ela bate, morde e puxa cabelos.
Temos notado que os seus colegas têm vindo afastar-se. Numa situação mais específica, onde a aluna foi violenta para com uma colega, uma outra criança da sala referiu-nos que a esta menina tinha um problema de saúde, a "raiva". Perante este desabafo, explicámos que esta doença é específica dos animais e não dos humanos.
Através deste conjunto de comportamentos, da menina em questão e dos colegas, percebemos que é necessário tomarmos medidas para que os alunos não ponham de parte esta criança, que poderá acabar por sentir-se rejeitada, no seu seio escolar.
Em conversa com a professora cooperante sobre esta aluna, descobrimos que no ano letivo anterior, esta já tinha comportamentos desajustados na sala de aula. A criança em plena aula, sentia a necessidade de se acariciar nas partes intímas. A professora ao deparar-se com esta situação, teve uma conversa com ela, explicando-lhe que quando sentisse necessidade para tal, poderia ausentar-se para ir à casa-de-banho. Contudo, este ano letivo, a menina não tem tido este comportamento, mas tornou-se mais agressiva e violenta com os outros.
Perante todo o seu comportamento ao longo destes dois anos, a professora, achou por bem, pedir apoio psicológico, para tentar ajudá-la e compreender o que poderá desencadear estes comportamentos.
O que acham que poderá estar por detrás do comportamento desta aluna?
Já presenciaram algo do género?
Beijinhos e continuação de um bom trabalho!
Sabrina Duarte e Ana Vivas.