Terça-feira, 6 de Novembro de 2012
Boa tarde a todos!
Encontramo-nos a desenvolver a nossa prática pedagógica num jardim de infância do Agrupamento de Escolas de São Bernardo. O grupo tem 23 crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 6 anos.
O eixo estruturador dos nossos projetos de SIE é a Organização e Gestão do processo de ensino e de aprendizagem. O processo de organização e gestão do ensino e da aprendizagem envolve três etapas essenciais: a planificação, a implementação e a avaliação. Importa que o profissional de educação seja capaz de conceber estratégias de ensino de qualidade adequadas à diversidade de crianças e às necessidades do contexto educativo (Despacho n.º 16034 de 22 de Outubro de 2010, Padrões de Desempenho Docente) criando as condições necessárias ao desenvolvimento de aprendizagens significativas (Santos, 2007, p.7; Shulman, 1987, citado por Roldão, 2009).
Como tal, gostaríamos de partilhar convosco a realidade do nosso contexto de intervenção tendo em consideração estes aspetos.
- Organização espacial da Sala de JI - espaço agradável com bastante luminosidade natural, devido à existência de várias janelas. Encontra-se organizado por diversas áreas que surgiram a partir do interesse e das necessidades das crianças, a saber, a área de acolhimento (espaço da manta) onde existem alguns livros ao dispor das crianças; a área do cabeleireiro com produtos específicos como champô, máscaras e pentes, um espelho e uma pia para “lavar” os cabelos; a área do médico com utensílios próprios; a área da casinha, com cozinha e quarto; a área do supermercado com caixa registadora, balança e diversos produtos alimentares; a área da pintura e da modelagem, com tintas, pincéis e plasticina; a área do computador; a área da escrita e da leitura; a área dos jogos e construções; e a área das mesas.

Figura 1 - Planta da sala organizado por diversas áreas
- Instrumentos de gestão - para um melhor funcionamento da sala de JI existem vários instrumentos de gestão, nomeadamente, o Mapa de Presenças onde as crianças individualmente procedem à marcação das presenças; o Quadro de Tarefas construído com a participação das crianças onde se apresentam as seguintes tarefas: Quem dá o leite? Quem regista as faltas? Quem regista o lanche? Quem regista o tempo? Quem limpa as mesas? Quem rega as plantas? Quem regista a data? Quem verifica a arrumação?; o Mapa de aniversários onde estão registados os aniversários das crianças. Para além dos instrumentos de gestão acima enunciados considerámos pertinente construir um que tornasse o acesso à área do computador mais fácil. Neste sentido, construímos a Lagartinha do Computador que indica os utilizadores diários do computador. Assim, este instrumento de gestão tornou-se uma mais-valia para o grupo dado que permite o acesso ao computador por parte das crianças de uma forma rotativa.

Figura 2 - Mapa das presenças

Figura 3 - Lagartinha do Computador
- Gestão das Áreas de Brincar Livre – As áreas têm alguns “cabides” que indicam o número limite de crianças por área. Cada criança tem um cartão de identificação com o seu nome e coloca-o num “cabide” de uma área. Sempre que os “cabides” estiverem ocupados significa que a área está completa e não podem entrar mais crianças. À medida que vão trocando de área levam o seu cartão e colocam-no num “cabide” disponível de outra área.
Bom trabalho
Beijos
Sónia e Cristiana
Olá Sónia e Cristiana!
Achei que o vosso post foi bem conseguido pois, pelo menos a mim, permitiu-me ter uma ideia do espaço e ir fazendo uma comparação com a sala de atividades do Jardim de Infância onde estou a estagiar.
Fiquei com uma dúvida. Relativamente aos cartões que as crianças têm, elas andam sempre com eles? Os momentos em que mudam os cartões de sitio não se tornam caóticos? Não haverá outra estratégia melhor? No "meu" Jardim de Infância cada área tem também um cartaz com o número total de crianças que aí podem estar em atividade e, quando é o momento de se distribuirem pelos cantinhos, eles próprios já sabem quantas crianças podem estar em cada um. Isto verifica-se, e não há necessidade de colocarem cartazes com os seus nomes, porque a decisão do número de crianças por área foi um assunto que as próprias crianças decidiram e foram negociando entre si, pois sentiram necessidade em fazê-lo. Na vossa sala foi realizado da mesma forma?Ou foi imposto às crianças?
No que diz respeito ao comentário da Ana Afonso fiquei curiosa relativamente à parte em que vos pede que dêem informações sobre o espaço exterior. Esta parte foi a que me chamou mais a atenção pois faz parte do meu projeto de investigação, assim sendo gostaria de saber um pouco mais sobre ela.
Continuação de bom trabalho!
Ficarei à espera de novas informações. :)
Beijinhos
Sara
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